quarta-feira, 31 de agosto de 2016

23 COISAS QUE (TALVEZ) VOCÊ NÃO SAIBA SOBRE O RANGE ROVER

23 COISAS QUE (TALVEZ) VOCÊ NÃO SAIBA SOBRE O RANGE ROVER

Rolls-Royce das trilhas ou exagero sobre rodas? O mais luxuoso dos Land Rover esbanja valentia e tecnologia há mais de quatro décadas


geral
| Crédito: QUATRO RODAS
Algumas pessoas torcem o nariz ao ver um Range Rover pelas ruas das grandes metrópoles. Não é para menos: o porte gigantesco do utilitário esportivo realmente não faz dele o veículo mais adequado para o trânsito urbano. Mas poucos carros no mundo (sim, no mundo) são tão luxuosos e robustos como o SUV que leva o nome dado aos veículos mais requintados produzidos pela Land Rover.
Menosprezado pelos trilheiros mais conservadores, que preferem classifica-lo apenas como um "tanque de guerra feito para a cidade", o Range Rover não fica atrás de nenhum jipe na hora de colocar o pé (ou melhor, o pneu) na lama. Afinal, desde o lançamento de sua primeira geração a Land Rover ressaltou que o Range Rover deveria ser capaz de fazer tudo que um Defender (o modelo mais valente fabricado em mais de 60 anos de história) poderia fazer.
range-rover-10.jpeg
| Crédito: QUATRO RODAS
Veja a seguir 23 curiosidades sobre a história do utilitário esportivo que conseguiu associar duas características praticamente opostas entre si: a robustez de um autêntico veículo utilitário com o requinte dos melhores sedãs britânicos.
1. Os primeiros protótipos foram desenvolvidos na década de 1950. Eram peruas chamadas Road Rover, com tração traseira e motor 2.3 de quatro cilindros em linha. Os projetos acabaram descartados nove anos depois, mas não esquecidos.
2. Com a popularização de veículos com tração integral voltados não apenas para o trabalho pesado, a Land Rover desenvolveu um novo projeto, o 100-inch Station Wagon - o número de 100 polegadas fazia referência a sua distância entre-eixos de 2,54 metros. O veículo era equipado com um 3.5 V8 fabricado pela General Motors, graças a compra pela Land Rover dos direitos de produção do motor.
range-rover-2.jpeg
| Crédito: QUATRO RODAS
3. Lançado em junho de 1970, o Range Rover inaugurou o segmento de SUVs de luxo numa época em que o mundo sequer pensava neste tipo de veículo. Ele surpreendia pelo conforto ao rodar, inconcebível nos veículos utilitários vendidos até então. Vários equipamentos eram dignos de sedãs de luxo, como suspensões com molas helicoidais (solução que muitos veículos de passeio nem usavam naquele tempo), sistema de nivelamento automático na traseira e freios a disco nas quatro rodas.
4. Apesar de ser bastante confortável, o Range Rover conseguia superar obstáculos fora-de-estrada com a mesma facilidade de um Defender. Equipado com caixa de transferência e três diferenciais, permitia que as quatro rodas fossem tracionadas até em pisos normais - a maioria dos sistemas só permite a habilitação da tração total em terrenos de baixa aderência, sob o risco de danificar a transmissão.
range-rover-3.jpeg
| Crédito: QUATRO RODAS
5. O design quadrado sempre foi uma marca registrada do Range Rover, que até hoje preserva as linhas retas. A carroceria de quatro portas surgiu apenas em 1981, mas quando chegou decretou o fim da antiga versão duas portas.
papamovel.jpeg
| Crédito: QUATRO RODAS
6. Duas unidades foram convertidas em "Papamóveis" para servir ao papa João Paulo II durante sua visita à Inglaterra, em 1982. Os carros tinham uma cabine envidraçada bastante alta na parte de trás para que o pontífice pudesse viajar em pé diante dos fiéis.
7. Atualmente ocupando o lugar mais nobre da linha Range Rover, a versão de alto luxo Vogue surgiu pela primeira vez em 1984; dois anos antes, o veículo adotou uma transmissão automática de três velocidades fabricada pela... Chrysler.
8. Embora já tivesse mais de duas décadas nas costas, o projeto do Range Rover continuava competitivo frente à concorrência americana e asiática. Antes da chegada da segunda geração, o utilitário recebeu novos motores e uma enxurrada de recursos tecnológicos, incluindo airbags frontais, suspensão a ar e controle de tração.
range-rover-4.jpeg
| Crédito: QUATRO RODAS
9. Após longos 24 anos a segunda geração do Range Rover estreava na Europa. Apesar da forte semelhança com seu antecessor, tratava-se de um veículo completamente novo, com apenas 1% dos componentes aproveitado do primeiro Range - que permaneceu em linha após ser renomeado de Range Rover Classic. A proposta de combinar valentia com alto luxo foi mantida: o carro trazia interior revestido em couro Connolly (o mesmo tipo utilizado pela Rolls-Royce), sistema de entretenimento a bordo e ar-condicionado digital bizona, num tempo em que a maioria dos rivais trazia apenas climatização convencional.
range-rover-dakar.jpeg
| Crédito: QUATRO RODAS
10. Assim como os outros modelos feitos pela Land Rover, o Range Rover fez bonito nos ralis que disputou. Foi o veículo mais rápido no primeiro rali Paris-Dacar, perdendo o título para uma moto porque a prova não tinha categorias separadas naquele tempo. Isso sem contar as inúmeras participações no Camel Trophy, um dos raids mais difíceis do mundo - e que teve algumas edições realizadas no Brasil.
11. Durante seus mais de 60 anos de história, a Land Rover teve vários proprietários. Originalmente criada pela Rover Company, foi absorvida pela British Leyland Motor Company em 1968. Quase vinte anos depois, em 1986, a marca passou para as mãos do Rover Group, que acabaria sendo adquirido pela BMW em 1994. Quando a Land Rover foi adquirida pela Ford Motor Company, em 2000, o projeto de um novo Range Rover já estava em desenvolvimento. Foi por isso que, mesmo sob nova administração, a terceira geração do Range Rover, apresentada no Salão de Detroit de 2002, tinha elementos de BMW no interior e motores desenvolvidos pela marca alemã.
range-sport.jpeg
| Crédito: QUATRO RODAS
12. Antes famoso apenas pela capacidade de enfrentar trilhas com conforto de um sedã, o Range Rover ganhou uma versão para quem não prioriza tanto assim sua capacidade de superar obstáculos. Inspirado no conceito Range Stormer, o Range Rover Sport estreou em 2005 de olho nos clientes de Porsche Cayenne. Combinando o porte de um utilitário esportivo grande (quase um "tanque de guerra"), ele traz acelerações capazes de deixar qualquer superesportivo corado de vergonha. Méritos para o motor 5.0 V8 de 510 cv, que também equipa alguns modelos Jaguar.
13. O eficiente sistema Terrain Response, que hoje equipa praticamente todos os modelos da Land Rover, surgiu no Range Rover em 2007. Bastava um toque de botão para ajustar diversos parâmetros do veículo às mais diversas condições de terreno, incluindo terra, neve e areia. O modelo atual traz uma evolução do sistema, identificando automaticamente qual é o ajuste mais apropriado de acordo com o tipo de terreno em que o veículo está trafegando.
14. Em 2008, a Land Rover foi novamente vendida, desta vez para a Tata Motors. O grupo indiano pagou US$ 2,3 bilhões pelo controle da marca de utilitários e da Jaguar, que também pertencia à Ford. Mais tarde a transação se mostraria benéfica para todas as partes: os lucros da Tata Motors subiam proporcionalmente às vendas das marcas britânicas, que se recuperaram dos resultados desastrosos da era Ford e logo retomaram o prestígio perdido nos anos anteriores.
range-rover-7.jpeg
| Crédito: QUATRO RODAS
15. A quarta geração surgiu em 2012, sendo o primeiro Range Rover desenvolvido sob administração indiana. Nitidamente inspirado no crossover Evoque, um dos maiores sucessos de vendas da história da Land Rover, ele conserva as formas retas que o acompanham há décadas. Acima, a versão Sport.
16. Requinte sempre foi uma das maiores qualidades do Range Rover, mas o luxo foi levado a níveis nunca antes vistos na geração mais recente do modelo. O Range Rover Autobiography, que nasceu como opção de customização, virou a versão mais luxuosa da gama. Ele traz quase tudo que você pode imaginar dentro de um carro: DVD, geladeira, massageadores nos bancos, várias câmeras espalhadas pelo veículo e até fechamento das portas por sucção. Dá praticamente para morar dentro dele.
17. Apesar do porte abrutalhado, o Range Rover perdeu até 420 quilos em comparação com seu antecessor. O segredo está na estrutura monobloco (incorporando chassi e carroceria em uma peça só) feita 100% de alumínio. O material também é empregado na suspensão e em várias peças do motor.
range-rover-6.jpeg
| Crédito: QUATRO RODAS
18. A habilidade para o off-road melhorou ainda mais. O Range Rover Vogue teve sua altura livre em relação ao solo elevada em 12,5 milímetros, aumentando os ângulos de entrada e saída. Com o incremento, o SUV agora é capaz de vencer trechos com até 900 milímetros de água sem maiores dificuldades.
19. São enormes as chances de o sistema de entretenimento a bordo do Range Rover ser mais avançado que o da sua casa. O som de alta qualidade fabricado pela Meridian pode ter até 23 alto-falantes (na versão Autobiography) e 1.700 watts de potência. Já a central multimídia traz uma tela com recurso Dual View, fazendo com que motorista e passageiro visualizem informações diferentes na mesma tela simultaneamente.
20. Toda a robustez associada aos veículos Land Rover não é à toa. No caso do novo Range Rover, o veículo passou por 1,5 milhão de horas de testes de engenharia simulados virtualmente e testes realizados com protótipos por 18 meses em 20 países diferentes.
range-rover-8.jpeg
| Crédito: QUATRO RODAS
21. Apesar de ser constantemente criticado por organizações não-governamentais defensoras da natureza, como o Greenpeace, o Range Rover também é "amigo" do meio-ambiente. Prova disso é o lançamento da versão híbrida dos modelos Range Rover e Range Rover Sport. Ambos trazem o motor 3.0 SDV6 a diesel já vendido na linha e um motor elétrico de 35 kW. A potência combinada de 340 cv e torque máximo de 71,4 mkgf. Segundo a fabricante, o modelo pode rodar até 1,6 quilômetro somente com assistência elétrica. Para demonstrar sua robustez, a Land Rover fez uma viagem da sede da marca, em Solihull (Inglaterra), até o QG da Tata Motors (atual dona da montadora), em Mumbai, na Índia. A expedição Silk Trail 2013 percorreu 17 mil quilômetros, passando por 13 países e dois continentes.
22. Não bastasse ser o carro preferido de várias celebridades pelo mundo, o Range Rover tem uma proprietária bastante especial. Ou melhor, real. A rainha Elizabeth II dispõe de uma frota de veículos Land Rover para realizar deslocamentos pela Inglaterra - e fora do país também, já que a montadora é uma das empresas a ostentar o selo de garantia ("Royal Warrant") concedido aos produtos utilizados pela Família Real. Sua Majestade, aliás, já foi até fotografada dirigindo seu Range Rover após sair de uma sessão de caça recreativa no castelo Baltimoral, na Escócia.
range-rover-9.jpeg
| Crédito: QUATRO RODAS
23. Quem ainda não se satisfaz com os 510 cv do Range Rover Sport ganhará uma opção ainda mais invocada em breve. O Range Rover Sport SVR inaugura a nova linha de modelos de alto desempenho preparados pelo grupo Jaguar Land Rover. Segundo a marca, o carro entrega 550 cv e torque máximo de 69,3 mkgf, um incremento de 40 cv e 5,7 mkgf frente ao Sport "normal". Números de desempenho indicam aceleração de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos e velocidade máxima limitada em 260 km/h. O "monstro" chega ao Brasil em 2015.

VW AMAROK 2017 TRAZ INÉDITO MOTOR V6 DIESEL E VISUAL REESTILIZADO

VW AMAROK 2017 TRAZ INÉDITO MOTOR V6 DIESEL E VISUAL REESTILIZADO

Com três níveis de potência, novo propulsor gera 224 cv e 56,1 mkgf de torque na versão mais potente

VW Amarok 2017
Picape ganhou frente com linhas mais angulosas | Crédito: Divulgação
Uma semana depois de mostrar os esboços da nova Amarok, a Volkswagen revela as primeiras imagens da picape em sua versão final. Com leves retoques no visual, a principal novidade mesmo da Amarok 2017 é novo motor V6 3.0 diesel.
LEIA MAIS:
VW Amarok 2017 (4)
Motor V6 gerá até 224 cv | Crédito: Divulgação
O novo propulsor será disponibilizado em três configurações de potência: 163, 204, e 224 cv, com a versão mais potente da linha entregando bons 56,1 mkgf de torque. Com isso, tudo indica que o motor 2.0 turbodiesel 4 cilindros de 180 cv, envolvido no escândalo de emissões “dieselgate”, deverá ser aposentado. Embora vá contra a onda do downsizing (com motor maior do que o modelo anterior), a picape tem um consumo médio de 13,1 km/l, gerando emissões de 199 g/km.
VW Amarok 2017
Na traseira, lanternas ganharam acabamento escurecido | Crédito: Divulgação
Na Europa, a picape terá opções de câmbio manual de seis marchas ou automático de oito velocidades para trabalhar atrelado ao novo motor 3.0 V6 TDI. Quando automática, a Amarok traz tração integral 4Motion e diferencial Torsen, enquanto que a versão com câmbio manual terá tração traseira. Outra novidade é a adoção de direção elétrica Servotronic, além de freios a disco maiores de 17 polegadas na frente e 16 polegadas atrás para a versão mais potente de 224 cv. A capacidade de carga da picape ficará em mais de 1 tonelada, enquanto a capacidade de reboque passará de 3,2 para 3,5 toneladas.
Amarok
Volkswagen Amarok | Crédito: Divulgação
Em relação ao visual, as mudanças são contidas, com grade dianteira com aletas horizontais, para-choque com linhas mais retilíneas, lanternas escurecidas e rodas com novo desenho. Batizada de Amarok Aventura, a versão de lançamento para o mercado europeu vem equipada com rodas de 20 polegadas, faróis bixenônio, luzes diurnas de leds, câmera de ré e um santantônio estilizado. A versão final do interior não foi revelada, mas terá acabamento mais esmerado, novo painel, bancos mais ergonômicos e central multimídia mais completa. A nova Amarok será comercializada na Europa em setembro desse ano, com chegada nos outros mercados (inclusive o Brasil) esperada para 2017. 

HYUNDAI NEW TUCSON: AVALIAMOS A TERCEIRA GERAÇÃO

HYUNDAI NEW TUCSON: AVALIAMOS A TERCEIRA GERAÇÃO

Hyundai New Tucson chega renovado e vai conviver com os exemplares de suas duas gerações anteriores

Hyundai New Tucson
SUV será uma das atrações da Hyundai no Salão do Automóvel | Crédito: Divulgação
Tucson, ix35, New Tucson. No começo, o consumidor poderá se confundir com esses nomes que identificam diferentes gerações de um mesmo projeto. Mas, depois, todos saberão que esses três SUVs vão coexistir em nosso mercado como opções distintas, oferecidas em diferentes faixas de preço. É isso o que pretende a Hyundai.
LEIA MAIS:
O Tucson é o exemplar feito na Coreia do Sul entre 2004 e 2009, que começou a ser fabricado no Brasil em 2008. O ix35 é a geração vendida lá fora nos anos de 2009 a 2015 e que estreou na linha nacional da Hyundai em 2013. E o New Tucson é o modelo mais recente, apresentado em 2015, que chega importado, a partir de novembro deste ano, sem aposentar os outros.
Hyundai New Tucson
Grade dianteira reproduz o visual mais recente da marca | Crédito: Divulgação
Para conhecer o mais novo representante da família, fomos a Lisboa, para um test-drive com o modelo que será apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo (10 a 20 de novembro).

A nova geração, que será chamada oficialmente de New Tucson, incorpora a estética atual da marca, com linhas predominantemente retas, com destaque para a linha de cintura ascendente. A grade dianteira hexagonal também ganhou contornos retilíneos e agora está instalada em posição mais elevada e vertical. Na lateral, as molduras das caixas de roda foram realçadas e, na traseira, as lanternas ficaram maiores, na parte que invade o porta-malas.
Hyundai New Tucson
Antes curtas, lanternas agora avançam até o centro da tampa | Crédito: Divulgação
Por dentro, o design do painel é harmonioso e limpo, mas o que mais chama atenção é a qualidade do acabamento – mais em função da confecção e do encaixe das peças do que pela qualidade dos materiais, uma vez que a parte superior é de plástico duro e a tampa do porta-luvas não tem amortecimento – você abre e ela cai, em vez de descer. Antes que você pergunte, nós avaliamos a versão topo de linha, que tem painel em duas cores, bancos de couro e extensa lista de equipamentos.
Bancos aquecidos
As linhas horizontais também reforçam a impressão de largura. Mas essa sensação não é só visual. Ele está 6,5 cm mais comprido, 3 cm mais largo e 2 cm mais baixo que o ix35, acomodando, assim, os ocupantes dianteiros e traseiros com conforto, sem prejuízo no espaço de cabeça. Em termos práticos, cinco adultos podem viajar à vontade, até porque a intrusão do túnel da transmissão na parte traseira do piso é discreta. Os bancos traseiros permitem o ajuste da inclinação.
Hyundai New Tucson
Versão top traz cetrnal multimídia e bancos de couro | Crédito: Divulgação
Para o motorista, a posição de dirigir é correta, com boa visualização dos instrumentos e do exterior, e a ergonomia é exemplar, com todos os comandos à mão. Há também diversos nichos para porta-objetos, no console e nas laterais das portas. E a (boa) vida a bordo é complementada pelo nível de conteúdo.
Hyundai New Tucson
Freio de estacionamento eletrônico e botões dos sistemas de assistência ao motorista | Crédito: Divulgação
Entre os itens de série, há ar-condicionado digital e automático com saídas para as duas metades da cabine (dianteira e traseira), bancos aquecidos e refrigerados, câmera de ré, central multimídia, GPS, auxiliar de partida em rampa, controle de velocidade em descidas e tampa do porta-malas elétrica, entre outros recursos.
Hyundai New Tucson
Bancos traseiros têm encostos reclináveis | Crédito: Divulgação
No dia a dia, o New Tucson se mostrou um carro confiável e fácil de dirigir. Parte desse bom comportamento pode ser creditado à carroceria, que, segundo a fábrica, recebeu uso intensivo de aços de alta e ultrarresistência, o que lhe conferiu uma rigidez torcional 48% maior que a do ix35. Essa maior firmeza da estrutura contribuiu para elevar o controle direcional e o conforto, reduzindo os movimentos indesejados da carroceria e o nível de ruído interno.
Hyundai New Tucson
Porta-malas pode ser ampliado com o rebatimento dos bancos | Crédito: Divulgação
Além da estabilidade do monobloco, houve melhorias em outras áreas. A suspensão – macia, mas firme – faz o motorista se sentir ao volante de um automóvel de passeio, que reage rapidamente aos comandos. E os freios, com discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, respondem com eficiência. A direção elétrica é precisa, porém um pouco leve, principalmente, na estrada.
O sistema conta com a opção de modo de condução com dois programas, Normal e Sport, mas isso não é o bastante para deixar o volante suficientemente pesado. De fato, mal se percebe a diferença entre os dois.
Motor 1.6 Turbo
Na Europa, o New Tucson tem três opções de motor (1.7 e 2.0 diesel) e (1.6 turbo gasolina), equipadas com transmissões 4x2 e 4x4 e câmbio manual ou automático de seis marchas ou automatizado de sete marchas. A versão mostrada aqui é a que virá para o Brasil: 1.6 TGDI 4x4 de sete marchas.
Esse motor, equipado com injeção direta de combustível e turbocompressor, gera 176 cv de potência e 27 kgfm de torque, entre 1.500 e 4.500 rpm. Em outras palavras, é muita força disponível já nas baixas rotações, o que torna o SUV ágil no trânsito e na estrada. O câmbio de dupla embreagem corresponde às expectativas, realizando trocas rápidas tanto nos momentos de aceleração quanto nas reduções.
Hyundai New Tucson
Caixas de roda foram realçadas por molduras | Crédito: Divulgação
Segundo números divulgados pela fábrica, o New Tucson 1.6 TGDI 4x4 é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos e de atingir os 201 km/h de velocidade máxima. E esse desempenho vem acompanhado de boas médias de consumo. Ainda de acordo com as medições oficiais, o New Tucson 1.6 TGDI consegue fazer 10,9 km/l, na cidade, e 15,4 km/l, na cidade, rodando nos ciclos de consumo europeus. Esse é um bom rendimento, considerando tratar de um SUV pesando mais de 1,6 tonelada.
No meio do caminho
Na Europa, o New Tucson tem versões com preços que variam de 21.800 a 35.450 euros, sendo que a versão mostrada aqui custa 38.465 euros. Lá, seus principais rivais são modelos como Nissan Qashqai e Ford Kuga. Por aqui, ele vai concorrer com Honda CR-V, Audi Q3, Toyota RAV4 e VW Tiguan, entre outros, e seu preço deve ficar na faixa de R$ 130.000. Ou seja, ficará a meio caminho entre o ix35 e o irmão maior Santa Fe. E o mais importante: promete ser um pouco mais barato que a maioria da sua concorrência.
VEREDICTO
O New Tucson é uma boa opção de SUV na faixa de preço em que chega, onde a Hyundai estava ausente.
FICHA TÉCNICA - NEW TUCSON 1.6 TGDI
Motorgasolina, dianteiro, longitudinal, 4 cilindros em linha, 16V, injeção direta, turbo, 77 x 85,4 mm; 10:1, 1.591 cm3; 176 cv a 5.500 rpm, 27 kgfm a 1.500 rpm
Câmbioautomatizado, dupla embreagem, 7 marchas, 4x4
Direçãoelétrica
SuspensãoMcPherson (diant.) e multilink (tras.)
Freiosdiscos ventilados (diant.) e sólidos (tras.)
Pneus245/45 R19
Dimensõescomprimento, 447,5 cm; altura, 164,5 cm; largura, 185 cm; entre-eixos, 267 cm; peso, 1.609 kg; porta-malas, 513 l; tanque. 62 l
Desempenho0 a 100 km/h em 9,1 seg., veloc. máxima 201 km/h

    TAGS

  • SUVS